Hoje conheci um um grande poeta.
Ele assina como Anjo Arcanjo, e se intitula profeta.
Falou de sua vida com versos claros e simples
com lembranças amargas, amorosas e tristes.
Num guardanapo amassado pediu-me a ideia, e logo de cara, pensei
e falei >
CHUVA.
Ele sorriu, fechou os olhos e escreveu:
O vento assoviava
e as nuvens sentiam
um objetivo não compreendido.
Retido a um redemoinho com faíscas fracas
a chuva descia forte e inundava as estradas.
E nisso, o vento cortou a chuva que tanto nos molhou.
-
Anjo Arcanjo é morador de rua, escreve desde os 18 anos e ganha vida e 'a vida' escrevendo poemas.
Desta vez ele não queria dinheiro, e sim atenção.
domingo, 18 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Cafeína
Cafeína,
Vício maldito e maléfico.
Em um diagnóstico que fiz, detectei os problemas desta droga tão consumida no Brasil. E percebi que o grande problema em ser movido por essa substância é justamente ser movido por essa substância. Ela te domina e acorda, possibilitando assim, prolongar suas horas de trabalho cada vez mais.
Chega uma hora que o ser humano não tem mais condições de produzir ou reproduzir tal experiência; o corpo está cansado, e o que seu organismo mais pede é descanso. Mas não, nós vamos até o bar/cafeteria/cozinha para tomarmos o antídoto do descanso e prosseguir trabalhando como um louco. Aliás, nós já somos loucos, e não, eu não credito a culpa somente no café, credito e acredito que a culpa seja nossa, por deixar que o trabalho passe por cima de nós, sendo um grande tormento em nossas vidas. O trabalho não deveria ser considerado a 'coisa mais importante' de nossas vidas, pelo contrário, deveria ser apenas um detalhe. Devíamos pensar mais em auto-realização, e em ser, o que de fato queremos de verdade. E não seguir bajulando um termo que nos causa arrepios quando ouvimos falar.. Confesso que o meu café está ficando azedo, e que aos poucos busco coragem para assustar este medo, que reside aqui dentro e que persiste aí fora; que alimenta o bloqueio e contamina minhas horas.
Mas um dia eu me encontro, sem o café.
Vício maldito e maléfico.
Em um diagnóstico que fiz, detectei os problemas desta droga tão consumida no Brasil. E percebi que o grande problema em ser movido por essa substância é justamente ser movido por essa substância. Ela te domina e acorda, possibilitando assim, prolongar suas horas de trabalho cada vez mais.
Chega uma hora que o ser humano não tem mais condições de produzir ou reproduzir tal experiência; o corpo está cansado, e o que seu organismo mais pede é descanso. Mas não, nós vamos até o bar/cafeteria/cozinha para tomarmos o antídoto do descanso e prosseguir trabalhando como um louco. Aliás, nós já somos loucos, e não, eu não credito a culpa somente no café, credito e acredito que a culpa seja nossa, por deixar que o trabalho passe por cima de nós, sendo um grande tormento em nossas vidas. O trabalho não deveria ser considerado a 'coisa mais importante' de nossas vidas, pelo contrário, deveria ser apenas um detalhe. Devíamos pensar mais em auto-realização, e em ser, o que de fato queremos de verdade. E não seguir bajulando um termo que nos causa arrepios quando ouvimos falar.. Confesso que o meu café está ficando azedo, e que aos poucos busco coragem para assustar este medo, que reside aqui dentro e que persiste aí fora; que alimenta o bloqueio e contamina minhas horas.
Mas um dia eu me encontro, sem o café.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Meu Grande Pequeno brasil.
Mar AZUL
Grama VERDE
Girafa AMARELA,
"Esse é o lindo Brasil
do caos sistemático,
pragmático e inerente
a toda essa ordem"
Entre aspas
para subverter a mentira
dita atrás, largo o sarcasmo e
e adentro num pseudo-progresso que regride
com o passar dos anos.
Onde a economia se fortalece,
os ricos agradecem,
e aos oprimidos restam migalhas e ilusões:
O senhor é meu pastor, e nada me faltará.
Coletivo.
Coletando chaves
num coletivo exprimido,
molho meu rosto na pia do bar.
Que quando pia já não pia,
outra hora piará.
De piá a menino senti o tempo passar
com uma ingenuidade antes bem vista,
que encontrava-se no olhar
Com flor em punhos
Fazia o bem me quer,
mas poucas me queriam
e hoje há quem quer
conhecer minha discoteca
coletânea e enxoval
dum coletivo tão seleto,
se peço sua mão não é por mal.
Acredite no amor,
e deixe-se levar
minha constelação é construída
como um verbo a conjugar.
Mas antes pense bem
no seu conceito de Amar..
Obrigado, boa noite,
volte a me ligar.
num coletivo exprimido,
molho meu rosto na pia do bar.
Que quando pia já não pia,
outra hora piará.
De piá a menino senti o tempo passar
com uma ingenuidade antes bem vista,
que encontrava-se no olhar
Com flor em punhos
Fazia o bem me quer,
mas poucas me queriam
e hoje há quem quer
conhecer minha discoteca
coletânea e enxoval
dum coletivo tão seleto,
se peço sua mão não é por mal.
Acredite no amor,
e deixe-se levar
minha constelação é construída
como um verbo a conjugar.
Mas antes pense bem
no seu conceito de Amar..
Obrigado, boa noite,
volte a me ligar.
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